Relatório Final
Wendel Santos de
Sousa
Sobre a escolha do autor, a
princípio estávamos em dúvida entre três nomes: João Tordo, Valter Hugo Mãe e o
Gonçalo M. Tavares. Todos eles são grandes nomes na literatura atual de
Portugal, mas na comparação direta, vimos que os dois primeiros já tinham uma
presença bem forte nas redes. O site do João por exemplo, foi construído de um modo muito inteligente, porque ele une tanto o textual quanto o visual pra vender os
seus trabalhos. No caso Valter não chegamos a tanto, mas ele compensa isso
sendo uma presença constante nas redes sociais. Então, nessa peneira sobrou o Gonçalo,
que não deixa de fazer uso da internet também, mas é bem menos ativo que os
outros dois.
Assim definimos um nome, mas sem
descartar as outras opções, até porque ao final da nossa pesquisa, todos
continuavam excelentes exemplos de criadores fazendo uso das tecnologias da
informação. Então decidimos utilizar o João e o Valter apenas como exemplos,
como complementos ao assunto, para ilustrar as coisas e abrir caminho para uma
análise mais profunda com o Gonçalo.
Acredito que o perfil dele combinou
mais com a ideia do projeto. Ele é um escritor bem versátil, prestigiado, mas
não é, nem de longe, um nome da literatura recorrente nas mídias mais
populares. Você não esbarra sem querer no nome do Gonçalo por aí do mesmo jeito
que se depara por acaso com o nome do Paulo Coelho internet afora, seja lá por
quais forem os motivos. Logo, um projeto de divulgação de um escritor tão
importante, mas não tão conhecido por um público, não exatamente entusiasta de literatura,
fez mais sentido.
No que diz respeito à metodologia
utilizada, acho que foi a parte mais fácil, porque a minha afinidade com
tecnologia me permitiu pensar em todo um conjunto de ações logo de cara. Se
você acessa redes sociais como o YouTube com frequência ou já fez uso de algum
aplicativo de leitura de livros digitais, você já está devidamente inserido
nesse contexto todo da cibercultura. Ter vez e voz na internet é uma questão
que sempre envolve criação, engajamento, divulgação, entre outras coisas. Está
tudo interligado.
Claro que, mesmo já familiarizado
com a tecnologia, algumas coisas me surpreenderam. Por exemplo, eu já tinha
conhecimento do quanto a divulgação de livros havia se transformado com a
internet, mas não tinha ideia, por exemplo, dos book-trailers, dessa
possibilidade de unir o áudio visual ao textual pra divulgar uma obra
literária, nem do quanto as editoras hoje se adaptaram para se beneficiar das
redes sociais, principalmente aquelas voltadas só para leitores.
Ou mesmo da importância de pensar
e manter a internet como um espaço democrático, pra que cada vez mais todos tenham
vez e voz pra divulgar desde um simples pensamento até um trabalho literário,
sem necessariamente depender de uma grande empresa, de um grande veículo de
comunicação pra isso.
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