quinta-feira, 14 de maio de 2020


Relatório Final
Wendel Santos de Sousa
Sobre a escolha do autor, a princípio estávamos em dúvida entre três nomes: João Tordo, Valter Hugo Mãe e o Gonçalo M. Tavares. Todos eles são grandes nomes na literatura atual de Portugal, mas na comparação direta, vimos que os dois primeiros já tinham uma presença bem forte nas redes. O site do João por exemplo, foi construído de um modo muito inteligente, porque ele une tanto o textual quanto o visual pra vender os seus trabalhos. No caso Valter não chegamos a tanto, mas ele compensa isso sendo uma presença constante nas redes sociais. Então, nessa peneira sobrou o Gonçalo, que não deixa de fazer uso da internet também, mas é bem menos ativo que os outros dois.

Assim definimos um nome, mas sem descartar as outras opções, até porque ao final da nossa pesquisa, todos continuavam excelentes exemplos de criadores fazendo uso das tecnologias da informação. Então decidimos utilizar o João e o Valter apenas como exemplos, como complementos ao assunto, para ilustrar as coisas e abrir caminho para uma análise mais profunda com o Gonçalo.

Acredito que o perfil dele combinou mais com a ideia do projeto. Ele é um escritor bem versátil, prestigiado, mas não é, nem de longe, um nome da literatura recorrente nas mídias mais populares. Você não esbarra sem querer no nome do Gonçalo por aí do mesmo jeito que se depara por acaso com o nome do Paulo Coelho internet afora, seja lá por quais forem os motivos. Logo, um projeto de divulgação de um escritor tão importante, mas não tão conhecido por um público, não exatamente entusiasta de literatura, fez mais sentido.

No que diz respeito à metodologia utilizada, acho que foi a parte mais fácil, porque a minha afinidade com tecnologia me permitiu pensar em todo um conjunto de ações logo de cara. Se você acessa redes sociais como o YouTube com frequência ou já fez uso de algum aplicativo de leitura de livros digitais, você já está devidamente inserido nesse contexto todo da cibercultura. Ter vez e voz na internet é uma questão que sempre envolve criação, engajamento, divulgação, entre outras coisas. Está tudo interligado.

Claro que, mesmo já familiarizado com a tecnologia, algumas coisas me surpreenderam. Por exemplo, eu já tinha conhecimento do quanto a divulgação de livros havia se transformado com a internet, mas não tinha ideia, por exemplo, dos book-trailers, dessa possibilidade de unir o áudio visual ao textual pra divulgar uma obra literária, nem do quanto as editoras hoje se adaptaram para se beneficiar das redes sociais, principalmente aquelas voltadas só para leitores.

Ou mesmo da importância de pensar e manter a internet como um espaço democrático, pra que cada vez mais todos tenham vez e voz pra divulgar desde um simples pensamento até um trabalho literário, sem necessariamente depender de uma grande empresa, de um grande veículo de comunicação pra isso.

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